Lenda Japonesa: "Akai Ito"

Quarto dia da semana japonesa

Olá minhas balas de pac man. eu sei que a qualidade da imagem está péssima, mas aprendi a fazer certinho ilustrações, e de agora em diante, as ilustrações serão sempre minhas ( Exceto as vezes em que estou com preguiça ) Mas enfim, quarto dia da semana japonesa!! Agora vou falar de uma lenda super fofa, e uma das minhas lendas japonesas preferidas o nome dela é Akai Ito que significa fio vermelho ou fio vermelho do destino, acho que vocês já devem ter ouvido falar, mas caso não aqui estou eu! 



O fio vermelho do destino ou fio vermelho ou Akai Ito, é uma lenda de origem chinesa, de acordo com este mito, os deuses amarram uma corda vermelha invisível ao redor dos tornozelos dos homens e mulheres que estão destinados a ser a alma gêmea um do outro.


Também tornou-se popular na cultura japonesa. A história fala sobre um fio invisível que é amarrado no dedo mindinho de duas pessoas que estão destinadas a viverem juntas para sempre. É como uma ligação espiritual que representa o amor eterno. A crença chinesa dizia:
"Um fio invisível conecta os que estão destinados a conhecer-se independentemente do tempo, lugar ou circunstância. O fio pode se esticar ou emaranhar.se mas nunca iré se partir."

O Akai Ito é uma espécie de ligação espiritual de amor eterno. Querem saber como funciona?? Então basta ler à histórias abaixo:


Debaixo da escura noite, iluminada apenas pela brilhante lua cheia caminhava, apressadamente, para a sua casa um pequeno menino. Enquanto caminhava encontrou um velho, sentado por  baixo de uma árvore observando a grande lua.     - Boa noite rapaz! - Disse-lhe humildemente o velho que, na realidade, era o Deus Yuelão.
O menino nunca antes vira o velho, por isso, continuou o seu caminhou sem lhe prestar atenção.
     - Sabes! - continuou o velho. - Devias começar a preparar-te para o teu destino. Já não falta muito para te tornares um homem e, como todos os todos os homens, precisas de arranjar uma esposa.
O menino era ainda muito jovem e não mostrava nenhum interesse em se casar.
     - Eu nunca me vou casar. - Disse amargamente.
     - Isso só o destino pode dizer. E sabes o que ele diz agora?
Mesmo não estando a gostar muito da conversa o menino acenou que não com a cabeça.
     - Ele diz que te casarás com a jovem que estiver do outro lado da corda que amarrei ao teu tornozelo.
Pela primeira vez, o menino conseguiu ver a corda vermelha amarrada ao seu dedo mindinho, que se estendia no chão formando um estreito caminho cor de sangue. Na outra ponta da corda estava uma jovem moça, sentada à porta da sua casa, observando o céu escuro da noite. O menino não queria acreditar no que os seus olhos viam, pegou então numa pedra e atirou-a ao rosto menina, pensando que aquilo seria o suficiente para a manter longe dele para sempre. De seguida, limpou as mãos sujas de terra aos calções e correu, como nunca antes havia corrido, passando por tortuosos caminhos, deixando completamente emaranhada a corda vermelha que continuava amarrada ao seu tornozelo, mas que por algum motivo, já não conseguia ver.
Passaram-se anos, e o menino tinha-se transformado num belo homem cobiçado por muitas mulheres. Sabendo que tinha de casar com  uma daquelas moças para honrar a sua família, dando-lhe continuidade, mas a verdade, é que nenhuma daquelas mulheres lhe interessava. Na aldeia diziam que mesmo que procurassem pelo mundo inteiro jamais encontrariam uma dama que lhe agradasse.
O menino, agora já homem, esquecido da conversa que tinha tido com o velho, caminhava debaixo da lua cheia, pensando que talvez nunca conseguisse encontrar  o seu par ideal. Foi então que, passando por uma das casas da região, viu a silhueta de uma mulher. Pela primeira vez, sentiu que aquela era a mulher com quem queria passar o resto da vida, mesmo que dela conhecesse apenas a sua silhueta.
Essa jovem, por quem se apaixonara era conhecida como sendo uma das mais belas mulheres da vila, contudo raramente saia de casa por ter vergonha do seu rosto.
No tão esperado dia do casamento, a jovem não mostrou o rosto, mantendo-o escondido por baixo de um grosso véu. No entanto, no fim da cerimônia, quando se encontravam sozinhos, o homem não conseguiu esconder a curiosidade e perguntou-lhe por que motivo  escondia o rosto.
     - Ninguém o quereria ver. É feio e está marcado por uma horrível cicatriz. – Respondeu - Quando era pequena um rapaz atirou-me uma pedra ao rosto, deixando uma cicatriz sobre a minha sobrancelha.
Aquelas palavras trouxeram-lhe à memória aquela noite. A noite em que tinha falado com o velho, o Deus Yuelão. E com um suave movimento retirou o véu à sua esposa, deparando-se com a mais bela mulher que alguma vez havia visto. Nesse dia o jovem percebeu que não adianta fugir, pois o destino do Akai Ito será sempre cumprido.

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Chokorē to kisu ( Beijos com chocolate ) 

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